sábado, abril 07, 2007

Long time no see

Ontem ví meu ex-coordenador. Um cara que considero um bom amigo e um modelo de professor a ser seguido. Conversamos sobre muitas coisas mas uma coisa que me deixou especialmente triste foi saber sobre sua mãe. Ela tem Alzheimer em estágio terminal e eles não sabem quando ela vai falecer, só que pode ser a qualquer momento. Esse tipo de morte eu não desejo a ninguém. Ver a pessoa partir aos poucos, sabendo que não há nada que se possa fazer é muito assustador. Ví o que aconteceu com meu avô, diabético, meses antes de morrer: teve a perna amputada aos poucos e a força de viver se esvaía nitidamente. Não podia olhar pra ele. Não tinha forças para tanto e acho que isso só foi pior para ele. Sinto muito por meu amigo.

terça-feira, abril 03, 2007

Só sobrou uma

Não sei se já tinha falado sobre isso mas há um tempo apareceram quatro filhotes de gato aqui em casa. Minha mãe queria botar pra fora mas eu não deixei e acabei adotando. Dois dias depois dois deles sumiram. Devem ter sido levados depois de sair do quintal e me sobraram duas ruivas. Uma graça.
Na última quarta-feira o Bull Terrier do vizinho pegou ela e a machucou feio. Tentamos tratar, não sabendo da real gravidade do ferimento, mas ela amanheceu morta ontem. Eu só soube quando cheguei em casa a noite e foi um baque na verdade. Eu posso não ser a pessoa mais afetuosa com outras pessoas mas adoro animais e essas gatinhas receberam um bocado do meu amor.
Eu tenho um certo problema em enfrentar a morte como todo mundo. Na minha versão do luto não há nenhum sinal exterior. Eu até levo a vida numa boa por um tempo mas o sentimento da perda eventualmente me acha. Eu só consegui chorar a morte de meu avô um ano após sua morte, e o fiz enquanto dormia. Pode não ser o jeito mais saudável de lidar com isso mas é como faço e acredito que de uma hora para outra, um dia desses eu vou chorar por minha gatinha.