Long time no see
Ontem ví meu ex-coordenador. Um cara que considero um bom amigo e um modelo de professor a ser seguido. Conversamos sobre muitas coisas mas uma coisa que me deixou especialmente triste foi saber sobre sua mãe. Ela tem Alzheimer em estágio terminal e eles não sabem quando ela vai falecer, só que pode ser a qualquer momento. Esse tipo de morte eu não desejo a ninguém. Ver a pessoa partir aos poucos, sabendo que não há nada que se possa fazer é muito assustador. Ví o que aconteceu com meu avô, diabético, meses antes de morrer: teve a perna amputada aos poucos e a força de viver se esvaía nitidamente. Não podia olhar pra ele. Não tinha forças para tanto e acho que isso só foi pior para ele. Sinto muito por meu amigo.
posted by Edgar Bittner at 1:36 PM
1 Pitaco:
Ultimamente eu tenho pensado muito nisso. Nunca fui muito ligado à família, mas de uns tempos para cá, algo tem mudado em mim. Saber (e sentir) o quão minha presença é desejada pelos meus pais e irmãs têm me tocado de uma forma absurda; não que eu tenha mudado meu comportamento, mas sinto-me na obrigação de não deixar de "retribuir" dando mais atenção quando estou no telefone com eles ou quando estou lá. Por exemplo, não estava em meus planos passar o carnaval e a páscoa lá, mas fui pq insistiram, e tinha um desejo tão tímido e intenso nos pedidos deles q ñ tive como falar ñ.
Tenho pensado tb q meus pais perderam os pais deles aos 20 anos, e eu já tenho 25, e sinceramente ñ sei como me portaria, (ou como seria minha vida) ou me ver sem poder vê-los mais nesta vida.
Gostaria q o dia q eles forem para o céu esteja muito longe, pois ñ sei se estou tão preparado assim.
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