quarta-feira, setembro 12, 2007

Sobre peitos e bundas

A coluna do Coutinho na Ilustrada de hoje tá bem interessante. Nela
ele discute uma reportagem de uma revista americana sobre a felicidade
dos brasileiros. Segundo ele, a colunista da revista americana separa
as pessoas em dois tipos: as que gostam de peitos e as que gostam de
bundas. Os amerianos gostam de peitos e nós, de bundas e como temos
muitas bundas a disposição somos dos mais felizes do mundo.

Ele comenta sobre uma conversa que teve com uma atriz brasileira sobre
o tema ao qual ela contribuiu com a constatação de que o carioca só se
mostrava festeiro e alegre durante o carnaval e, ainda assim, sob o
olhar das lentes e que quando esses cessavam, lá se ía a alegria
carioca para dar lugar à melancolia. Ele elabora mais quando traz a
necessidade de se manter uma imagem que não condiz com nossos reais
sentimentos e cita Montaigne com a diferença entre auto-estima
(dependente dos outros) e auto-respeito (que surge de dentro de nós
mesmos). Há essa necessidade de estima, de ser percebido pelo outro
como algo bom mesmo que no seu âmago, não seja nada disso.

Isso me lembrou a Sociedade do Espetáculo do Debord mas ainda não
estou preparado para falar sobre isso.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Dani, Lara e Mateo

Domingão fui visitar uma amiga da faculdade. Não a via desde o casamento uns bons anos atrás. O motivo da visita foi o nascimento, dois meses antes, da filha Lara. Uma bebezinha linda como todos os bebês, a pesar de ter carinha de joelho, novamente como todos os bebês.

Ainda estou me acostumando com esse tipo de coisa na verdade. Eu nunca fui de visitar pessoas, ainda mais amigos meus que se casam e vão morar num apartamento. meus amigos e parentes sempre moraram em casas e a sensação de estar num lugar tão pequeno é um tanto estranha. Não é ruim mas também não é das melhores. O interessante é que as pessoas se sentem tão bem.

Como disse tenho que me acostumar a isso.

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A Comédia do Poder

Sábado último fomos ao Belas Artes para ver um filminho. Na verdade gostaria de ter visto Paris te amo ou ainda Little Miss Sunshine mas como começariam um pouco tarde decidimos por ver um filme francês chamado "Comédia do Poder" que logo depois descobri ser um título inapropriado - o correto deveria ser A Embriaguês do poder mas tudo bem. Sobre o que é o filme? Bom, é a história, baseada em fatos, dessa juíza francesa que se empenha em desvendar e punir os culpados por uma séries de desvios de verbas públicas. Começa prendendo um empresário, o melhor personagem do filme na minha opinião, e depois vai aumentando o escopo da investigação; claro que ela começa a ser ameaçada e tentam tirá-la do caminho mas obviamente isso não funciona e ela leva todo mundo pra corte. Parece familiar não? Pelo menos a história de desvio de verbas? É onde concordo com a crítica, que disse que esse filme já devia ter sido feito por aqui a tempos, o que faz bastante sentido.
Agora uma coisa mais interessante não é que ela leva os criminosos para a corte mas o que acontece com ela nmo processo: enquanto sua carreira como juíza levanta vôo vê-se um declínio, um desmoronamento completo em seu casamento. É claro que o processo não começa com o novo caso mas esse certamente foi um catalisador. A sensação que se tem no final da película é que tudo não lhe serviu de nada. Tanto que toma um caminho bastante coerente que eu não vou falar aqui pra não estragar pra que quiser ver o filme... bom , como nibguém vai ver mesmo eu digo: ela joga pro ar, manda a merda mesmo, diz bem assim: 'Eles que se virem' ou algo assim.
De qualquer maneira eu não achei um filme dos melhores não. Foi difícil me prender na cadeira e eu bocejava um bocado.

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